Professores de universidade fazem parte de programa de pesquisa.
Dois
professores da Universidade Massachusetts Boston (UMB) estão em Sergipe
para analisar os litorais Norte e Sul do Estado. Eles fazem parte da
recente vitória da Universidade Tiradentes (Unit) que foi contemplada
com um programa de estudos da Casa Branca em parceria com a UMB. Ainda
este ano, alunos americanos chegarão a Aracaju para estudar e os daqui
irão para o Nordeste americano também pesquisar as praias.
As boas
novas chegaram com a divulgação das vencedoras do projeto “As 100 Mil
Mais Fortes da América”, no dia 15 de dezembro do ano passado, onde a
Unit e a UMB estavam na lista das universidades contempladas em todo o
mundo para o intercâmbio patrocinado pelo ExxonMobil. Desde maio do ano
passado, a universidade começou, através do Tiradentes Institute, a
buscar bolsas e financiamentos de projetos nos EUA e obteve o primeiro
resultado na área de geologia.
No estudo vencedor, foram
comparadas as regiões Nordestes do Brasil e EUA. Do Brasil, está ainda a
Universidade Federal do Paraná (UFP) na relação de premiadas que
receberam pessoalmente na Casa Branca no mês de dezembro todas as
honras.
O professor Matheus Batalha, coordenador de Relações
Internacionais da Unit, explicou como foi a seleção. “Várias
universidades aplicam o projeto e ele tem que ter o critério de inovação
internacional, do ponto de vista que criem vínculos mais profundos das
duas universidades e de uma ação de intercambio, além de pesquisa”,
esclareceu.
Ainda falando sobre o assunto, ele destacou quais os
primeiros passos agora. “Nesta terça e quarta, nós estaremos visitando o
litoral Sul como a região da Praia do Saco para analisar o solo. Depois
vamos trazer um equipamento dos EUA para mapear e ver quais são as
perspectivas de futuro, se o mar vai avançar mais ou não”, comentou.
Segundo
o professor Allen Gontz, a expectativa é para entender principalmente
as mudanças do oceano. “Queremos saber se realmente existe relação com
os aspectos climáticos da região. Quando o oceano avança sobre a terra,
ele deixa sinais principalmente nas linhas da região costeira e quando
retrai também. O estudo geológico será para observar como essas mudanças
têm relação com as climáticas”, detalhou.
Ainda de acordo com o
professor americano, a situação de Sergipe deve ser estudada com
cuidado. “Se olhar a costa daqui se vê a avenida, a areia do mar e
pequenas construções que não se podem mover, além de terrenos que ainda
não foram desenvolvidos. Nos EUA, têm a avenida, as casas, o oceano e
todo desenvolvimento. O que acontece aqui é que o homem invadiu muito
mais e não existe margem de manobra para aquilo. Diferente do que
acontece na costa americana”, afirmou.
Até o sábado, os americanos
visitarão várias praias como da Atalaia Nova, Saco, Caueira e outras
para emitir uma radiografia geológica do Estado. Durante esse ano, toda
área será explorada e novos dados serão divulgados em breve para a
população.